Acesso Intraósseo: Indicações, Técnica e Complicações

ESCRITO POR TEAM FULL EMERGENCY
RESIDENTE DE MEDICINA DE EMERGENCIA DO HSCC

Acesso Intraósseo: Indicações, Técnica e Complicações

O que é o acesso intraósseo?

O acesso intraósseo (IO) foi descrito em 1922 e atualmente é indicado como segunda via de acesso em emergências, quando o acesso venoso periférico não é possível. A medula óssea é altamente vascularizada, permitindo a administração segura de medicamentos e coleta de exames laboratoriais através do IO.

Como funciona o acesso intraósseo?

O IO utiliza a rede venosa dos ossos longos, que não colapsa como as veias periféricas por serem sustentadas pela matriz óssea. Essa técnica possibilita infusão rápida e eficaz de fluidos e medicamentos em situações críticas.

Locais recomendados para punção intraóssea

  • Tíbia proximal (primeira escolha em crianças)
  • Fêmur
  • Tíbia distal
  • Úmero proximal
  • Manúbrio esternal
  • Espinha ilíaca ântero-inferior
  • Rádio distal
  • Clavícula

Contraindicações do acesso intraósseo

  • Queimaduras ou infecção no local da punção
  • Fraturas por esmagamento
  • Doenças ósseas
  • Segunda tentativa no mesmo osso

Complicações possíveis no acesso intraósseo

As complicações são raras e geralmente associadas ao mau uso da técnica. As principais complicações incluem:

  • Síndrome compartimental por extravasamento
  • Infecções locais por falha na antissepsia
  • Fraturas ósseas devido ao uso de agulhas inadequadas
  • Infiltração da epífise, prejudicando o crescimento em crianças

Tipos de dispositivos para acesso intraósseo

Dispositivos automáticos

Perfuradores elétricos e o BIG (Bone Injection Gun) são exemplos de dispositivos automáticos que facilitam o procedimento em emergências.

Dispositivos manuais

Agulha de Cook, agulha de Jamshidi e agulhas de miolograma são utilizadas para realização manual do IO. Agulhas hipodérmicas comuns não são recomendadas devido ao risco de obstrução por fragmentos ósseos.

Tempo de permanência do acesso intraósseo

O acesso intraósseo pode ser mantido por até 24 horas. Após esse período, é necessário estabelecer um acesso venoso central para continuidade do tratamento.

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